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18/11/2025

Tratamento de arritmias: mais segurança e menor risco com técnica de ablação inovadora

O Hospital Mãe de Deus já conta com uma nova técnica para tratamento de arritmias que traz importantes ganhos para o paciente: maior segurança e menor risco de complicações. Trata-se da ablação de fibrilação atrial com tecnologia de campo pulsado – ou PFA, da sigla em inglês para Pulsed Field Ablation, e alguns pacientes da instituição já foram beneficiados pelo procedimento, que é realizado pela equipe de Eletrofisiologia e Arritmias.

A fibrilação atrial é o tipo mais comum de arritmia cardíaca, uma condição em que o ritmo cardíaco se torna irregular e a frequência cardíaca pode se elevar ou diminuir, gerando sintomas e transtornos ao normal funcionamento cardíaco, como palpitações, fadiga, tonturas, risco aumentado para acidente vascular cerebral. Tratamentos como as ablações são opções para que a fibrilação não se torne persistente, o que pode levar o paciente a uma insuficiência cardíaca. 

“Diferentemente das técnicas que vêm sendo aplicadas, em que se esquenta o tecido e cauteriza o foco da arritmia (ablação por radiofrequência) ou se esfria o tecido (crioablação), na ablação por PFA, uma onda de choque atravessa esse tecido alvo, que é a energia por campo pulsado. O diferencial é que se consegue calcular para que sua ação se restrinja apenas às células que se deseja. Essa é a diferença: a segurança que ela oferece”, explica o cardiologista Eduardo Bartholomay, responsável pela equipe de Eletrofisiologia e Arritmias do HMD.

Em razão disso, nesta técnica, com o uso de campo pulsado em vez de radiofrequência ou gelo, há menos risco de complicações nos tecidos vizinhos. Além da questão de maior segurança para o paciente, estudos internacionais já realizados com os equipamentos disponíveis no mercado também já demonstraram maior eficiência no controle da arritmia e tempo de procedimento reduzido. 

Como é o procedimento

A ablação é uma técnica que consiste na introdução de um cateter por meio de uma punção na perna do paciente, na região da virilha. O equipamento chega pela veia até o coração, guiado por imagem. Em um primeiro momento, o cateter capta informações do coração e faz um mapa 3D colorido do órgão, apontando os focos da arritmia. A partir desse mapeamento, são feitas as intervenções nos pontos-alvo. Concluída essa etapa, um novo mapa do coração é obtido para conferir se foi possível atingir as áreas de arritmia.