Tuberculose: o que é a doença e como tratar?

Em 2022, cerca de 7,5 milhões de pessoas foram diagnosticadas com tuberculose. Segundo o relatório global da Organização Mundial da Saúde, esse é o maior número registrado desde 1995. No Brasil, cerca de 78 mil casos foram notificados no mesmo período, segundo o Boletim Epidemiológico do Ministério da Saúde.

Mesmo sendo bastante prevalente, trata-se de uma enfermidade curável e evitável, motivo pelo qual é muito importante sabermos como prevenir e diagnosticar. Para falar sobre o assunto, conversamos com o médico pneumologista do Hospital Mãe de Deus Dr. Marcelo Tadday.

O que é a tuberculose e por que ainda é uma doença tão preocupante?

O Dr. Marcelo explica que a tuberculose é uma doença infecciosa causada pelo bacilo de Koch, o Mycobacterium tuberculosis (MTB), que afeta principalmente o pulmão. Trata-se de uma doença muito preocupante porque, assim como outras condições infecciosas, é facilmente transmissível.

No caso da tuberculose, o contágio se dá através do ar. Quando uma pessoa com tuberculose pulmonar tosse ou espirra, as partículas que contêm as bactérias podem ser inaladas por outras pessoas, levando à infecção.

Quais são os sintomas, causas e como é feito o diagnóstico?

De acordo com o Dr. Marcelo, o primeiro sinal da tuberculose pulmonar é a tosse persistente. Confira os principais sintomas:

  • tosse produtiva (com secreção);
  • possível presença de sangue no muco;
  • febre no final do dia (febre vespertina);
  • inapetência, com provável perda de peso;
  • sudorese noturna.

O especialista explica que esses sintomas são inespecíficos, ou seja, não necessariamente são manifestações da tuberculose. Além disso, podem ocorrer em conjunto ou não, com diferentes graus de intensidade.

É necessário, porém, sempre levar em consideração a possibilidade da doença. Portanto, quadros de tosse por mais de 3 semanas devem ser investigados para descartar outras doenças respiratórias e confirmar o quadro.

O diagnóstico é feito com exames de raio X ou tomografía computadorizada de tórax. Ainda, pode ser feita a confirmação de presença do bacilo de Koch por meio de coleta de material por endoscopia respiratória.

Quais são as diferenças entre tuberculose miliar e ganglionar? O tratamento também é diferente?

Na tuberculose miliar, as bactérias da tuberculose se disseminam através da corrente sanguínea, afetando vários órgãos do corpo. Isso resulta em pequenas lesões (millet seeds) em diferentes órgãos, como o fígado e o baço. Já na tuberculose ganglionar, os gânglios linfáticos são os afetados pela infecção.

Segundo o especialista, essas e outras formas de tuberculose não são transmissíveis – a variação contagiosa da doença é somente a pulmonar. Porém, todas as formas de apresentação exigem cuidados. A meníngea, por exemplo, pode ocasionar uma meningite por tuberculose, sendo uma das variações mais graves da infecção.

Portanto, todas as variações da doença devem ser tratadas. Independentemente da forma específica, o tratamento envolve uma combinação de antibióticos específicos por um período prolongado.

Quais os tratamentos utilizados no Brasil para a recuperação da tuberculose e qual o índice de cura?

Antes mesmo de falar sobre o tratamento, é importante destacar a relevância da vacinação na primeira infância. As formas mais graves de tuberculose são prevenidas com a vacina BCG, aplicada preferencialmente nas primeiras 12 horas após o nascimento.

Quanto ao tratamento, ele é feito por meio de medicação São utilizados antibióticos específicos, em geral, por 6 meses. Esse tempo prolongado é fundamental para a cura da infecção, que tem ótimos índices quando o tratamento é rigorosamente seguido.

O Dr. Marcelo também fala sobre a importância do diagnóstico precoce: quanto mais cedo a doença é identificada, as equipes de saúde conseguem minimizar os índices de transmissão, investigando, também, os contatos do paciente.

Além disso, quando há uma doença que compromete o sistema imunológico, como a Aids, o risco de adoecer após contato com o bacilo também aumenta. Por todos esses motivos, a tuberculose é uma doença que exige intervenções estruturadas e um manejo amplo, sendo considerada uma questão de saúde pública.

Podemos enfrentar esse desafio global juntos!

A tuberculose ainda atinge números alarmantes de novos casos no mundo todo. Esse cenário destaca a persistência dessa doença infecciosa como uma ameaça significativa à saúde pública, sobretudo (mas não só) entre populações vulneráveis.

Conforme o Dr. Marcelo Tadday esclarece, um dos maiores motivos de preocupação é com a natureza facilmente transmissível da doença. Ele ressaltou a questão do diagnóstico precoce, um fator-chave para conter o contágio.

Portanto, além de levar em conta a importância da vacinação, é fundamental ter atenção aos sinais da doença e incentivar sintomáticos respiratórios a procurar atendimento médico.

Fonte: Blog Bem Panvel

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