Nos últimos anos, houve uma evolução muito grande no tratamento da cartilagem. “Nunca houve uma definição sobre a melhor alternativa, tanto cirúrgica quanto medicamentosa, pois sempre se acreditou que a cartilagem não tinha potencial de regeneração. Hoje, já vemos que em algumas situações é possível se ter alguma melhora na recuperação tecidual, talvez não completa, mas uma melhora muito significativa. O viscosuplemento é uma alternativa que faz parte desta evolução”, explica o ortopedista do Corpo Clínico do Hospital Mãe de Deus, Dr. Fábio Krebs.
Ele reforça que a evolução da qualidade dos viscosuplementos ocorreu nos últimos dez anos, e seguramente nos últimos cinco houve um acréscimo nas prescrições. “A primeira vez que eu prescrevi foi em 1994. Mas a frequência com que utilizo hoje é praticamente semanal”, destaca.
Algumas entidades internacionais, entre elas a Academia Americana de Cirurgia Ortopédica e Européia, publicaram estudos com a indicação do viscosuplemento. “Quem utiliza, vê a qualidade de recuperação dos seus pacientes. Este tipo de tratamento, para joelho, por exemplo, propicia uma qualidade de vida melhor e ao mesmo tempo retarda e até evita a necessidade de um tratamento de artoplastia”, relata.
“Quem utiliza, vê a qualidade de recuperação dos seus pacientes.”
Dr. Fábio Krebs, ortopedista do Corpo Clínico do Hospital Mãe de Deus.
Tipos de viscosuplemento
Existem várias opções utilizadas hoje, sendo as mais frequentes, os viscosuplementos de alto e baixo peso moleculares, para patologias que são de desgaste articulares, como a osteoartrite e osteoartrose, sendo que nestes casos ele funciona diminuindo o impacto na articulação e auxiliando no processo de melhoria da nutrição da cartilagem. “Especificamente sobre o joelho, ele incha, entra em processo de sinovite, e quando se faz infiltrações com corticoide, existem vários trabalhos que não recomendam a utilização continuada desta medicação, que pode inclusive aumentar, em algumas situações, e acelerar a degeneração da cartilagem”.
Outra modalidade é o viscosuplemento compatível com tecidos moles, que atua em tendões e ligamentos. “Diferentemente do outro, que age dentro das articulações, este é utilizado em tendinopatias no ombro, epicondilites no cotovelo, e entorses de tornozelo, agindo como auxiliar na melhora da cicatrização dos tecidos lesados. Ao mesmo tempo em que ele lubrifica, como a outra modalidade, auxilia em uma regeneração tecidual mais próxima do que se tinha antes. Muitas vezes, ele pode melhorar e recuperar tecidos de tendões e ligamentos que tenham sido distendidos ou sofrido rupturas parciais, auxiliando na cicatrização e regeneração tecidual mais adequadas”.
Outra gama de pacientes que se beneficia com esta medicação são os praticantes de modalidades esportivas, que têm impactos constantes nas articulações dos joelhos. Em alguns países, seleções de vôlei, rugby e futebol, fazem a aplicação de maneira preventiva, no início das temporadas.
No Hospital Mãe de Deus, disponibilizamos, para utilização do Corpo Clínico, três tipos: dois Viscosuplementos para articulação do joelho e outro para tecidos moles. “Estamos buscando e verificando, através de estudos bibliográficos, a possibilidade de obtermos mais opções desta modalidade terapêutica”, finaliza Dr. Krebs.
Principais benefícios para os pacientes
- Ganho da mobilidade articular
- Melhora na possibilidade de caminhar
- Redução da dor
- Redução da necessidade de um processo cirúrgico
- Melhora da qualidade de vida
