Mitos sobre câncer de próstata dificultam prevenção e tratamento


O câncer de próstata é o tumor sólido mais comum e a segunda maior causa de óbito oncológico no sexo masculino. De acordo com dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA), são estimados 68.220 novos casos em 2018 no Brasil, o que torna a doença o tipo de câncer com maior incidência entre os homens, em todas as regiões do país, sem considerar os tumores de pele não melanoma neste público. A gravidade dos números sobre a doença levou à criação da campanha Novembro Azul em todo o País para alertar sobre a importância da prevenção.
 
O urologista do Hospital Mãe de Deus, Dr. Gustavo Sá, afirma que, mesmo diante dos avanços dos tratamentos, cerca de 25% dos pacientes com câncer de próstata ainda morrem por causa da doença. Isso ocorre, principalmente, porque em torno de 20% dos pacientes são diagnosticados em estágios avançados. A detecção tardia do tumor é consequência, muitas vezes, da desinformação e dos mitos que cercam os exames e tratamentos do câncer de próstata (veja quadro abaixo). Dr. Gustavo ressalta ainda que “a melhor estratégia é o diagnóstico precoce. O tumor pode ser curado em aproximadamente 90% dos casos quando descoberto nesta fase e tratado com um das opções terapêuticas curativas, como a cirurgia e a radioterapia”. Por sua vez, estas alternativas de tratamento, conforme observa Dr. Gustavo, vêm sendo aperfeiçoadas nos últimos anos a fim de melhorar as taxas de cura e gerar menor impacto à qualidade de vida do paciente.
 
A Sociedade Brasileira de Urologia (SBU) mantém a recomendação de que homens a partir de 50 anos devam procurar um profissional especializado, para avaliação individualizada. Pessoas de pela negra ou com parentes de primeiro grau com câncer de próstata devem começar essa prática aos 45 anos. O rastreamento deverá ser realizado após ampla discussão de riscos e potenciais benefícios, em decisão compartilhada com o paciente. Após os 75 anos, poderá ser realizado apenas para os homens com expectativa de vida superior a 10 anos. A Sociedade Americana de Urologia(AUA) indica que múltiplas abordagens subsequentes a um teste de PSA estão disponíveis para identificar homens com maior probabilidade de ter câncer de próstata. A adoção dessas medidas é individualizada e indicada, entre outros, para homens com um nível suspeito de PSA a fim de orientar sobre as decisões de biópsia da próstata.
 
Monitoramento e tratamento radioterápico para tumores de baixo risco
 
Em casos de baixo risco, o paciente pode ser submetido a vigilância ativa (observação) por meio das avaliações periódicas por PSA, toque retal e/ou biópsia prostática. Cirurgia e a radioterapia são algumas das principais opções de tratamento contra a doença, conforme as características de cada caso. No Unidade de Radioterapia do Hospital do Câncer Mãe de Deus, entre as técnicas disponíveis para casos iniciais da doença, adota-se o hipofracionamento extremo, que pode reduzir para até 20% o período convencional de aplicação.
 
A aplicação deste método foi possível graças à capacidade técnica do acelerador linear Trilogy, equipamento que a unidade possui, associado ao know-how da equipe de radioterapia da Instituição. “Desde 2016, já tratávamos todos os pacientes diagnosticados com neoplasia de próstata utilizando o hipofracionamento moderado – técnica que permite diminuir o número de sessões de 40 para 20. Alcançamos excelentes resultados com alta taxa de controle da doença e baixo índice de efeitos colaterais. Esta experiência permitiu que fôssemos pioneiros no Sul do Brasil a aplicar o hipofracionamento extremo (5 frações), método que exige conhecimento técnico e equipamento adequado para sua realização”, destaca a gestora da Unidade de Radioterapia, Dra. Andréa Barleze.
 
Este protocolo de radioterapia prevê sessões com duração aproximada de 15 minutos. Antes disso, o paciente realiza uma tomografia no próprio aparelho de radioterapia para conferir o alvo com precisão. Conforme Dra. Andréa Barleze, o tratamento radioterápico convencional (fracionamento convencional) para câncer de próstata é realizado entre 35 a 40 sessões. Com o hipofracionamento extremo, esse tempo é reduzido para cinco sessões.
 
Em situações de doença mais volumosa ou pacientes que, por algum motivo, não tenham a indicação do hipofracionamento extremo, indica-se o hipofracionamento moderado (20 frações). No Hospital do Câncer Mãe de Deus, todos os pacientes que tratam a próstata realizam no máximo 20 aplicações, exceto casos muito selecionados. 
 
Mitos e verdades sobre câncer de próstata e radioterapia
 
– O exame de toque retal dói? Não, o exame de toque não é doloroso. É um procedimento rápido e, em alguns casos, até não se faz necessário;
 
– O câncer de próstata atinge apenas homens mais velhos? A doença é mais comum entre homens principalmente com idade acima de 55 anos. No entanto, pode atingir homens também na faixa dos 40 anos, principalmente se possui história familiar de câncer de próstata;
 
– Câncer de próstata é hereditário? Homens com casos de câncer de próstata na família, especialmente pai e irmãos, possuem chance maior de desenvolver a doença, podendo ela ocorrer em idade mais precoce. Se um homem apresenta um familiar em 1º grau com câncer de próstata a sua chance de ser acometido pela doença dobra e se dois familiares apresentarem a doença essa chance pode aumentar em até 5 vezes.
 
– A cirurgia é muita agressiva? Cada vez menos a cirurgia é agressiva. Atualmente, empregamos técnicas minimamente invasivas, como a Videolaparoscopia e a Cirurgia Robótica, para realizar este tipo de procedimento, no intuito de diminuir o impacto na qualidade de vida dos pacientes submetidos a esse tipo de tratamento.
 
– A radioterapia dói ou queima? Não. A radioterapia nada mais é do que um feixe de raios X, um pouco diferente do usado em exames. Pode causar alteração da célula, levando a alterações agudas após doses especificas, ocorrendo eventualmente efeitos colaterais ao tecido que recebe o tratamento. No momento da irradiação não dói ou queima. Acontece que o tecido que é continuamente exposto a determinadas doses pode apresentar alguma alteração cutânea. Hoje isso geralmente não ocorre pois usamos a mais alta tecnologia para o tratamento;
 
 – O homem que faz radioterapia pode ficar estéril? Improvável, mas é possível. Isso depende de vários fatores, especialmente da área irradiada e a dose recebida no testículo. Usualmente, quando ocorre é um processo temporário, devendo avaliar com o médico radio-oncologista qual foi a dose administrada ao tecido gonadal (testículos);
 
– A radiação fica acumulada no corpo? Não. Toda exposição à radiação leva à alguma possibilidade de modificação daquele tecido exposto. No entanto, são se trata de acúmulo, em que a pessoa elimina com o tempo.

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