Linfoma: conheça os principais sintomas e tratamentos

O linfoma é um termo que abrange uma variedade de cânceres que afetam o sistema linfático, uma parte essencial do sistema imunológico do nosso corpo. Eles se destacam por sua complexidade, apresentando diferentes tipos, sintomas variados e abordagens de tratamento.

Conversamos com o Dr. Marcelo Capra, médico hematologista do Hospital Mãe de Deus, sobre os sintomas e os tratamentos disponíveis. Neste texto, trazemos as principais informações dadas pelo especialista sobre o assunto. Continue a leitura para conferir!

Linfoma: o que é e como se desenvolve?

Os linfomas são um grupo de cânceres que afetam o sistema linfático. O Dr. Marcelo Capra explica que eles têm origem nos gânglios linfáticos ou na medula óssea, envolvidos na produção de componentes do sangue.

Então, podemos dizer que os linfomas são tumores do sistema sanguíneo, que diferentemente das leucemias (que circulam no sangue), tendem a ficar mais localizados nos gânglios. Ainda, dada a função do sistema sanguíneo nas defesas do organismo, o linfoma também afeta o sistema imunológico.

A doença se desenvolve a partir de mutações nos gânglios que, por diversos motivos, perdem o controle sobre a divisão celular e começam a se multiplicar desordenadamente e a se disseminar pelo organismo.

Quais as principais diferenças entre o linfoma de Hodgkin e o linfoma de não Hodgkin?

Os linfomas são classicamente divididos em dois tipos: o de Hodgkin e o não Hodgkin. Segundo o especialista, essa é uma divisão mais relacionada à aparência dos tumores e menos à natureza da doença, sem distinção clara entre os sintomas. Quanto aos nomes, trata-se simplesmente de uma homenagem ao médico Thomas Hodgkin, que primeiro descreveu os tumores do primeiro tipo.

Mais modernamente, o Dr. Capra explica que há uma preferência por classificar os linfomas em agressivos e indolentes, pois essa divisão é mais pertinente do ponto de vista da prática clínica: enquanto os primeiros são doenças que precisam ser tratadas rapidamente, os segundos têm um curso mais lento e eventualmente podem ser apenas acompanhados, não necessariamente sempre que aparecem precisam ser tratados.

Quais são os principais sintomas que o paciente sente antes do diagnóstico?

O especialista nos explica que os sintomas são muito variados, pois dependem de onde o linfoma se desenvolve. A complexidade aqui é que os linfomas podem se desenvolver em diferentes partes do corpo onde há linfonodos (gânglios linfáticos) e linfócitos (células do sistema linfático especializadas em defender o organismo e produzir anticorpos), gerando, portanto, manifestações muito heterogêneas.

O Dr. Marcelo utiliza uma metáfora que explica o sistema linfático como um exército vigilante: onde estiverem se desenvolvendo os tumores, os anticorpos daquele “posto de vigilância” específico vão informar o organismo com sintomas correspondentes.

Ele exemplifica: se os linfomas estão no cérebro, o paciente pode experimentar dores de cabeça e convulsões; se nos testículos, pode haver dor na região; se no tórax, pode se iniciar um quadro de tosse persistente; e assim por diante.

Porém, há alguns sintomas mais genéricos, como:

  • febre;
  • emagrecimento não intencional;
  • suores noturnos;
  • e o aumento dos gânglios linfáticos, percebidos como ínguas inchadas ou caroços doloridos em alguma parte do corpo.

Segundo o Dr. Marcelo, esse último é o principal sintoma e também o mais sugestivo de linfoma, uma vez que os demais não são exclusivos do câncer. Em todos os casos, porém, é necessário realizar uma investigação médica envolvendo uma triagem inicial, exames de sangue e de imagem e, em última análise, a biópsia dos linfonodos aumentados.

Quais os tratamentos disponíveis para lidar com os linfomas?

O especialista destaca que, como o linfoma não se assemelha a tumores sólidos (como ocorre no câncer de mama e em outros), a cirurgia é raramente utilizada aqui. Desse modo, o tratamento é basicamente feito com quimioterapias, as quais são de vários tipos.

A imunoterapia, por exemplo, é uma abordagem mais recente, bem como as terapias-alvo, sendo tratamentos mais modernos combinados à quimioterapia. Além disso, o transplante de medula óssea é uma possibilidade reservada a alguns tipos de linfoma, especialmente quando a doença é recidiva, ou seja, retorna após o tratamento inicial.

Ainda, o Dr. Marcelo nos explica que abordagens mais modernas se desenvolvem conforme avançam os estudos na área. As terapias celulares, que utilizam o próprio sistema imunológico do paciente, são um exemplo de tratamento avançado e aprovado recentemente no Brasil.

Essa terapia é conhecida como terapia com células CAR-T, que significa “receptor antigênico quimérico de células T”. Nela, os linfócitos do paciente são treinados por engenharia genética para expressar um receptor antigênico quimérico (CAR) direcionado a uma proteína específica presente nas células cancerosas.

As células modificadas e altamente reativas contra sua proteína-alvo são então reintroduzidas no paciente. Então, conseguem reconhecer e destruir as células cancerosas. Esse tratamento é bastante promissor,  embora de alto custo e reservado para casos específicos.

Qual o índice de cura do linfoma?

O Dr. Marcelo observa que a evolução do câncer e as taxas de cura dependem do tipo de linfoma, o estágio, a resposta individual ao tratamento e as características do paciente oncológico (como idade e estado geral de saúde).

Para nos dar uma ideia do desenvolvimento geral da doença, ele nos lembra daquela divisão dos linfomas entre agressivos e insolentes. Veja só como as células cancerígenas tendem a se comportar em cada caso!

Linfoma agressivo

Como mencionado, os linfomas agressivos tendem a crescer e se dividir mais rapidamente. Devido a essa característica, eles geralmente respondem bem ao tratamento, incluindo quimioterapia, imunoterapia e, em alguns casos, transplante de medula óssea.

Como resultado, muitos pacientes com linfomas agressivos têm boas chances de cura, com taxas de cura que podem variar de 60% a 80% ou até mesmo mais altas, dependendo de fatores individuais e do tipo específico de linfoma.

Linfoma indolente

Os linfomas indolentes crescem mais lentamente e podem ter células que estão em um estado de “hibernação”. Desse modo, há sempre uma parcela dessas células adormecidas que será menos sensível à quimioterapia. Por esse motivo, a cura completa dos linfomas indolentes é mais desafiadora.

No entanto, muitos pacientes podem conviver com a doença por muitos anos, às vezes até mesmo décadas, antes de necessitar de tratamento. O foco aqui é mais no controle da doença e na manutenção de uma boa qualidade de vida.

Compreendendo as complexidades e desafios do tratamento

O diagnóstico precoce é sempre importante. Por isso, fique atento a sinais diferentes no seu corpo, como gânglios aumentados e, principalmente, observe se eles persistem, já que o sintoma pode corresponder a uma série de questões mais simples, como uma inflamação da garganta.

O acompanhamento regular de saúde também faz toda a diferença. Consultar o médico regularmente é fundamental para uma abordagem preventiva e de acompanhamento. Esses profissionais podem fazer um acompanhamento contínuo, orientar os pacientes sobre exames de rotina e avaliações periódicas de saúde.

Fonte: Panvel

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